Aperçu #12: O que mais gostei de ver na Bienal Whitney 2024
Se quando em NYC você quiser ver arte dos EUA, um dos melhores lugares para ir é o Whitney Museum of American Art. Fundado por Gertrude Vanderbilt Whitney em 1931, o museu se dedica à arte dos Estados Unidos, apresentando uma vasta gama de arte americana contemporânea e do século XX, com foco especial em obras de artistas vivos.
A cada dois anos, o Museu Whitney realiza sua maior exposição, a Bienal. A mais recente está acontecendo neste momento e se encerra em agosto. As obras expostas foram selecionadas a partir de uma chamada pública, contemplam todas as mídias - de pintura a vídeo produzido com IA -, e são todas de artistas americanos ou estrangeiros radicados nos EUA.
O resultado é uma exposição vibrante e diversa, capaz de nos atualizar sobre como o meio artístico tem discutido e expressado as principais pautas do momento na sociedade americana. Eu visitei a Bienal Whitney em maio e compartilho aqui as três obras1 que mais me tocaram positivamente.
As primeiras delas foram as pinturas suaves e delicadas da série Conception Drawing (2020-21), de Julia Phillips (1985), alemã radicada em Chicago. São representações visuais bastantes abstratas de algo intangível: a relação entre mãe-embrião-bebê. É ou não é uma doçura e delicadeza?
A instalação In Cascades (2023), de Lótus L. Kang's (1985), canadense radicada em NYC, é uma daquelas obras que, à primeira vista - e às vezes mesmo depois de ler a explicação - o significado parece não corresponder muito ao visual. Mesmo assim, eu achei esteticamente agradável. Foi bom circular por esses filmes fotográficos gigantes, pendurados no teto. A intenção da artista é evocar o estado de constante transformação do corpo e dos processos da memória.


Por fim, a pintura Deep Calls to Deep (2023), de Maja Ruznic (1983), artista nascida na Yugoslávia e radicada em Pacitas, Novo México. Essa pintura foi inspirada nas memórias de infância de Maja, durante seu período no campo de refugiados austríaco, depois de fugir da guerra na Bósnia. Ela descreveu esse trabalho como uma representação de como se sentia totalmente sozinha e de como utiliza a pintura como um meio de cura. Achei bonita, alegre devido às cores vibrantes, mas me cortou o coração quando li a descrição.
Um abraço,
Lu
as fotos neste post foram feitas por mim :)






Obrigada, Lu, pela edição.
Obrigada por acender os meus olhos através dos seus.
Obrigada por escrever.
Art Notes sempre trazendo um frescor mental através da beleza. 🧡